Viajamos em um mundo de sonhos, banhamo-nos em prazer, da paixão nos tornamos donos, nos amando até o amanhecer.
O dia amanheceu querendo se derramar em lágrimas, triste e escuro que impedia a luz do Sol brilhar por suas pálpebras. Sentir saudade sua afeta o clima também.
A minha tarefa diária é manter a esperança do nosso amor, mesmo que separados por continentes e oceano.
Viajar por sonhos faz-nos conquistar o que desejamos, para que nossa união seja cada vez mais sólida como as rochas do deserto, as quais sofreram as influências da natureza, se solidificado cada vez mais. Assim é o nosso amor, por mais dificuldades que passamos fica difícil de ser quebrado.
Os sonhos serão realizados quando mergulharmos na luta diária pelas conquistas que almejamos há muito tempo, não importa o quão demorado pareça ser. Se temos o objetivo de estarmos juntos, não podemos nos preocupar só com o encontro, temos de aproveitar ao máximo o dia a dia que serão percorridos até o dia esperado.
Embora não consigo esquecer esse dia, leva-me ao passado quando por vezes ocorrido de ficarmos distantes por alguns dias. Dias que eram infinitos e ao reencontrarmos, o tremor dos nossos corpos ao nos aproximarmos era sinal de saudade, alegria e amor. Com beijos e abraços de amantes, nos mergulhávamos no prazer, fazendo amor ora selvagem para desfrutarmos o tempo perdido, ora lento para sentirmos nos corpos colados um ao outro, não importando se frio ou calor, molhávamos pela euforia de gozarmos muitas vezes.
Em cada palavra que são digitadas escorrem umas lágrimas dos olhos, se fosse papel deixaria marcas para ver que não estou mentindo. Nos tornamos donos um do outro a ponto de sabermos a angústia interna de cada um, isso é a nossa paixão. Ser dono um do outro não é dizer o que pode e que não pode, sim compreender a dor e a falta que fazemos um ao outro. Por que não damos conta disso quando temos tudo ao nosso lado? Deixamos as adversidades do dia a dia corromper esse calor apaixonante que temos, a ponto de não nos tocarmos e amarmos como amantes aventureiros. Como dizem os sábios: “a vida é uma escola, bom seria que pudéssemos aprender com os erros dos outros”.
Estou deixando registrado para que possamos ler sempre que a paixão tentar esfriar pela luta diária. Assim podermos abraçar-nos, beijar-nos e amarmo-nos seja selvagem, seja deliciando cada centímetro do nosso corpo, como se fosse o último dia de nossas vidas. Que o céu seja nosso cobertor e o chão seja nossa cama, a chuva nossas lágrimas, o Sol o nosso olhar e a noite para ver como nos amamos e mergulhamos em gozos de amor até amanhecer.
A saudade faz viajarmos longe em delírios, cada imagem sua que vejo é um conforto para alucinações de prazer. Não sinto seu corpo, seu cheiro seu beijo, mas está tudo nos sentidos armazenados na memória. Seu sorriso, seu olhar, seu beijo molhado, seu calor. Como uma flor desabrochando exalando seu cheiro, busco sugar seu mel em abundância, fazendo o vento uivante passando pelos meus ouvidos, quanto mais néctar tiro da sua flor, abre-se mais as pétalas.
Esses delírios me acompanham em todos os todos os momentos até nos encontrarmos!
Wilson Rodrigues da Silva
Be’er Sheva – Israel, 26 de agosto de 2019
Revisão: PHEF
