Morre o jornalista Maurício Tuffani

Mauríco Tuffani tinha 63 anos (foto: Marcos Santos)

O jornalista Maurício Tuffani faleceu na manhã desta segunda-feira (31/05), aos 63 anos. Especializado em ciência, meio ambiente e ensino superior, começou a trabalhar na imprensa em 1978, como revisor dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, quando ainda estudava Matemática e Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e era professor de matemática e física no ensino médio.

Lançou o blog Direto da Ciência em 31 de março de 2016, no mesmo dia em que deixou o cargo de editor-chefe da revista Scientific American Brasil e encerrou as atividades de seu blog Maurício Tuffani, na Folha de S.Paulo, onde já havia atuado como repórter e editor de Ciência e, mais recentemente, como colaborador da mesma editoria.

Foi ainda redator-chefe e editor-chefe da revista Galileu (Editoria Globo), fundador e diretor editorial da revista Unesp Ciência, publicada pela Editora Unesp, e editor-executivo dos portais PNUD Brasil (do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Nações Unidas no Brasil.

Também foi responsável pela comunicação institucional de órgãos públicos do Estado de São Paulo, como a Secretaria da Educação, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente. No nível federal, trabalhou na Câmara dos Deputados, inclusive durante a Assembleia Nacional Constituinte.

Na academia, foi professor convidado do Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo Científico (Labjor), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e do Núcleo José Reis de Divulgação Científica da Escola de Comunicação e Artes, na USP. Desde 2011 era membro do Conselho Editorial da revista Pesquisa Fapesp, editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Retornou à Unesp em 2021, para assumir o cargo de editor-chefe do Jornal da Unesp, relançado em abril deste ano. 

Tuffani dedicou sua vida à divulgação científica, aproximando o público de nível superior interessado nos rumos do saber (inclusive humanidades e tecnologia), da gestão universitária e científica e da política ambiental. A presidência da Fundação Editora da Unesp lamenta profundamente essa perda, especialmente neste momento em que o país enfrenta a negação do valor da ciência.

Fonte: Imprensa UNESP