
Você já teve a sensação de estar sendo observado à noite, mesmo quando tudo parece silencioso? Em muitas regiões urbanas e rurais do Brasil, esse mistério pode ter uma explicação surpreendente: a presença de uma coruja bem próxima à sua casa. Essas aves noturnas são discretas, mas deixam pistas claras quando resolvem se instalar por perto. Identificar os sinais certos pode transformar o seu quintal em um verdadeiro santuário para essas guardiãs da noite — e a boa notícia é que protegê-las exige mais respeito do que interferência direta.
Coruja: como saber se ela está por perto?
Ao contrário de outras aves, a coruja é extremamente silenciosa quando voa, graças a penas adaptadas que reduzem o ruído. Ainda assim, ela não consegue passar totalmente despercebida. Três sinais podem indicar que uma coruja está morando nas redondezas, e perceber isso a tempo pode ser essencial para garantir sua segurança.
1. Fezes e pelotas sob árvores ou telhados
Um dos indícios mais comuns da presença de uma coruja são as chamadas “pelotas de regurgitação”. Esses pequenos aglomerados escuros, que muitas vezes são confundidos com fezes, na verdade são restos não digeridos de presas — como ossos e pelos de roedores — que a ave expulsa após se alimentar. Se você encontrar essas pelotas com frequência em um mesmo local, como sob o telhado da sua casa ou ao pé de uma árvore alta, há uma boa chance de uma coruja estar fazendo dali o seu ponto de descanso ou ninho.
2. Vocalizações noturnas específicas
Outra pista bastante característica são os sons. Ao contrário do tradicional “hu-hu” que muitos associam às corujas, diferentes espécies possuem vocalizações variadas. Algumas emitem gritos agudos, outras assovios graves. O mais importante é notar se há repetição desses sons no mesmo horário, especialmente no início da noite ou antes do amanhecer. A constância é um forte indicativo de que a coruja não está apenas de passagem, mas vivendo nas proximidades.
3. A movimentação de roedores parece ter diminuído
Curiosamente, a presença de uma coruja pode ser percebida pela ausência de outros animais. Essas aves são predadoras naturais de ratos, camundongos, pequenas cobras e até insetos. Se você notou uma queda repentina na atividade desses animais no quintal ou jardim — especialmente se antes era comum vê-los —, é provável que uma coruja esteja atuando como “guardiã silenciosa” da área.
Como proteger a coruja sem interferir em seu habitat
Saber que uma coruja vive por perto é um privilégio, mas isso também impõe uma responsabilidade: respeitar seu espaço e ajudá-la a se manter segura em um ambiente cada vez mais dominado por humanos.
Evite o uso de venenos na área externa
Produtos para controle de ratos e insetos são altamente prejudiciais às corujas, que se intoxicam ao se alimentar de presas contaminadas. Um simples veneno de rato pode causar danos neurológicos irreversíveis ou até levar à morte da ave. Priorize armadilhas mecânicas e mantenha o ambiente limpo para evitar infestações — sem recorrer a substâncias químicas perigosas.
Preserve árvores e estruturas onde ela possa se abrigar
Corujas não constroem ninhos elaborados como outras aves. Elas costumam se abrigar em cavidades naturais de árvores, beirais de telhado e até em postes. Evite podas drásticas ou reformas barulhentas e desnecessárias nesses locais, especialmente se você já notou sinais de ocupação. Deixar a natureza fazer seu trabalho é, muitas vezes, a melhor maneira de ajudar.
Oriente vizinhos e crianças sobre a presença da ave
Muitas corujas são vistas como “ave de mau agouro” em crenças populares, o que pode levá-las a serem espantadas ou até feridas. Esclarecer que elas são benéficas para o ecossistema — controlando pragas e mantendo o equilíbrio natural — pode transformar a percepção das pessoas ao redor. Educação ambiental começa com pequenas conversas.
Mitos sobre a coruja que precisam ser superados
Mesmo em tempos de informação acessível, as corujas ainda carregam consigo o peso de muitos mitos. Algumas culturas associam seu canto à morte ou azar, o que faz com que muitas sejam perseguidas injustamente. A verdade, porém, é que a coruja tem papel fundamental no equilíbrio ambiental, sendo aliada silenciosa de quem deseja um quintal mais saudável e livre de pragas.
Além disso, é importante lembrar que a coruja é protegida por lei. Ferir, capturar ou manter em cativeiro qualquer espécie silvestre sem autorização é crime ambiental no Brasil. Observar, respeitar e registrar — sem se aproximar demais — são atitudes ideais para quem deseja conviver com essa maravilha alada.
Conviver com a natureza é o verdadeiro privilégio
Ter uma coruja morando perto da sua casa não é algo que precise ser resolvido — muito pelo contrário. É uma oportunidade rara de se reconectar com o ciclo natural das coisas, onde cada animal tem um papel. E no caso da coruja, esse papel é nobre: proteger silenciosamente, limpar o ambiente e manter o equilíbrio de forma invisível.
Ao reconhecer os sinais e agir com consciência, você transforma seu espaço em um pequeno refúgio para a vida silvestre. E a recompensa disso pode ser maior do que imagina: noites mais silenciosas, jardins mais vivos e a sensação de estar fazendo parte de algo muito maior do que o seu próprio quintal.
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