Desde a Assembleia Mundial de Saúde de 1987, o dia 1º de dezembro é oficialmente conhecido como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. No município de Estrela, o dia não passará em branco neste ano. Na próxima sexta-feira (01) uma equipe da Secretaria de Saúde estará à disposição da população, realizando testes rápidos de HIV e Hepatite A e B, e fornecendo informações sobre o tema, no prédio do CAPES. No centro da cidade, haverá intervenções artísticas, a fim de causar reflexões sobre a temática.
Em Estrela, os números de incidência de pessoas contaminadas pelo vírus não agradam. São cerca de 400 usuários que se tratam no serviço estrelense. Como a Secretaria de Saúde é referência para outras cidades, destes 400 usuários, 60% são cidadãos estrelenses. E ainda, há uma porcentagem de pessoas que se tratam em outros serviços. Para a enfermeira Maria de Lurdes, da Secretaria de Saúde, os números relevam o perfil dos usuários “Eu preciso me cuidar, não é o outro quem deve fazer isso. Os estrelenses ainda não conseguiram absorver muito bem isso” realça. Os números de Estrela ultrapassam os de cidades de grandes cidades, até mesmo da região metropolitana.
A população estrelense apresenta resistência inclusive para exames da rotina. A AIDS não possui cura, mas tem tratamento. Este tratamento consiste na ingestão diária de comprimidos, que podem ser alterado ano após ano. Maria de Lurdes acredita que este fator também pode influenciar no descuido das pessoas “Tratamento para a Aids não salva, não é milagroso. A pessoa tem que estar bem para poder iniciar com os medicamentos”.
Além da Aids, outra preocupação da Secretaria da Saúde está nos altos números de contaminação por Sífilis. “O problema é que, em longo prazo, a Sífilis pode trazer problemas de coração, neurológicos ou ósseos. Mas a Sífilis tem tratamento e cura, diferente da Aids” explica a enfermeira. Em todos os casos, cerca de 90% acontecem na relação sexual desprotegida. Preservativos são disponibilizados, de forma gratuita, em posto de saúde por toda Cidade.
