Quem me conhece pessoalmente sabe o quanto eu gosto de fazer aniversário. Pois é, há 48 anos, neste 21 de outubro, em São Carlos, eu nasci. A data eu sempre procuro lembrar com brincadeiras com os amigos e querendo fazer deste dia uma celebração de continuidade da vida.
Mas esse ano o fardo está pesado. Perdi minha mãe no dia de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro. Depois de uma luta dura no hospital, acabei ficando sem minha maior riqueza, com aquela que esteve comigo em todos os dias dessa existência.
Hoje fazem 9 dias que ela se foi e a todo momento lembro das vezes que a vi no hospital e me recordo (e isso é uma dor profunda!) de quando tive a notícia de que ela tinha uma boa evolução, contudo o fim não foi o que aguardávamos, pois ela venceu a Dengue e a COVID-19, mas seus problemas cardíacos de mais de 40 anos foram cruciais para ela falecer.
Ainda é tudo recente, mas parece que o meu aniversário não terá mais graça. Hoje é um dia comum, sem nenhuma magia no ar, diferente de como sempre foram os aniversários anteriores, justamente porque a dor de perder sua mãe é algo que realmente só sentirá quem passar por essa terrível experiência.
Mães deveriam ser imortais e talvez festas de aniversários não mereceriam mais ser comemoradas quando as mães partissem para o outro plano, porque simplesmente elas deixam de ter o colorido com o qual estamos acostumados.
Dizer que este 21 de outubro, dia do meu aniversário, é algo comum neste 2024 é pouco. Na verdade, é um dia triste, pois não vou ter o abraço da minha mãe, não vou poder ouvi-la contar as histórias de quando eu nasci e etc. Estamos num poço de tristeza, pois é uma perda realmente irreparável.
Hoje é aquele dia, o dia mais triste de todos, como vem sendo desde 12 de outubro de 2024. Saudade da minha mãe!
Renato Chimirri
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