
Não temos base científica alguma para falar, apenas as impressões de inúmeras pessoas que colhi ao longo dos dias, mas na minha “santa ignorância”, pelo menos no Brasil, o Coronavírus poderia estar circulando desde antes de março, assim como em outros locais desse mundão.
Por aqui (vai saber, né?), o vírus deve ter ganhado um “plus” no Carnaval com o movimento de milhares de pessoas brasileiras ou estrangeiras que andaram pelos quatro cantos do país e isso me lançou à uma curiosa situação.
Em fevereiro, bem no período do pós-carnaval, tive uma gripe forte. Garganta ardeu feito brasa, coriza, nariz tapado e dores no corpo, isso aconteceu com minha esposa também, mas nem eu e nem ela, tivemos falta de ar e como tenho rinite severa, achei que o resfriado contribuiu para mais um ataque.
Fiz os protocolos básicos, tomei minha desloratadina, fiz inalação, própolis, resguardo e estou aqui contando essa história. Como não fui testado para nada, pois há anos tenho rinite crônica a crise do Coronavírus despertou a minha curiosidade: será que tive mesmo um ataque de rinite? Não sei, não tenho base para afirmar nada, porém ouvi relatos de pessoas contando de sintomas parecidos com os meus e que lembram a rinite, o H1N1 e até o famigerado Coronavírus que agora aterroriza a vida no planeta. Não dá para falar nada, mas é sugestivo pensar que esse vírus está rodando pelo mundo faz um tempo e que infectou muitas pessoas e infectará muito mais.
A ideia de quarentena é justamente essa: quebrar o círculo de transmissão, impedir que novos doentes surjam e que possamos por fim à pandemia que está assolando a saúde e a economia global sem que o sistema de saúde entre em colapso.
A paradeira do mundo põe em risco empregos, mas também do que adianta ter emprego se nós não poderemos ter saúde para produzirmos, não é?
Por mais doloroso que seja e hoje vi empresários são-carlenses chorando as pitangas, eles precisam entender que cadáver não comprar e também não trabalha, de uma depressão econômica é possível que tentemos sair, agora de um caixão a sete palmos da terra é impossível levantar.
Estamos quase na Páscoa, agora vivemos um momento de introspecção, por isso é fundamental que tenhamos discernimento para cumprir essa quaresma-quarentena da melhor forma possível.
O recado, apesar do ridículo pronunciamento de ontem do presidente da República, continua o mesmo: fique em casa, saia apenas para as necessidades primordiais.
A economia precisará de você com saúde para ser consertada daqui a pouco. Isso vai passar! Tenhamos fé!
Renato Chimirri
Imagem de Myriam Zilles por Pixabay