Comitê de combate à COVID quer liberar 100% de ocupação nos estabelecimentos em São Carlos

As novas recomendações serão apresentadas ao prefeito Airton Garcia

O Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus de São Carlos se reuniu na tarde desta quarta-feira (29/09) para discutir novas medidas relativas a COVID-19 no município.


Desde de 17 de agosto o Governo do Estado retirou as restrições de horário e capacidade de público para comércio e serviços. Em São Carlos a capacidade de público permaneceu 80% e o horário de atendimento em restaurantes e similares (lanchonetes, casas de sucos, bares com função de restaurante e lojas de conveniência) já estava liberado em todos os dias da semana de acordo com o alvará de funcionamento. A intenção do Comitê agora é liberar a capacidade de público, ou seja, permitir 100% de ocupação.


A liberação, se aprovada pelo prefeito Airton Garcia, será válida para comércio, mercados, supermercados (varejistas e atacadista), bem como de atividades ligadas ao setor de serviços, além de academias, salões de beleza, barbearias, atividades culturais e atividades religiosas.


Regras sanitárias permanecendo valendo. De acordo como Comitê, o uso de máscaras continua a ser obrigatório, assim como os protocolos de higiene. Permanece obrigatório, ainda, que os setores da economia sigam o distanciamento social, sem aglomerações e com distância de 1 metro.


“O que nos preocupa são as mais de 20 mil pessoas que não finalizaram o esquema vacinal, ou seja, não receberam a segunda dose no período estabelecido. Somente na faixa etária de 30 a 39 anos são mais de 7 mil pessoas. A pessoa que não completa o esquema vacinal fica mais vulnerável à infecção pelo novo coronavírus do que aquela que recebeu as duas doses. Ou seja, além de se expor ao risco de ser contaminado e adoecer, esse indivíduo não ajuda a controlar a circulação do vírus. E tem mais: a vacinação incompleta pode criar um ambiente propício para o surgimento de versões ainda mais resistentes do coronavírus, portanto para continuarmos avançando, precisamos da colaboração de todos”, ressaltou Crislaine Mestre, diretora de Vigilância em Saúde.


“A nossa intenção é apresentar as recomendações o mais rápido possível ao prefeito Airton Garcia e publicar um novo decreto. Os indicadores da saúde nos permitem flexibilizar a capacidade de ocupação, porém precisamos da conscientização das pessoas quanto aos protocolos sanitários, o distanciamento e, principalmente, a importância da vacinação, uma vez que somente ela propicia o retorno integral das atividades econômicas. A imunização permitirá o retorno seguro de todos às atividades diárias, a recuperação do mercado consumidor e dos investimentos e, consequentemente, a reativação de todos os setores da economia”, ressaltou Mateus de Aquino, coordenador do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus e secretário de Comunicação.


O Passaporte da Vacina, mecanismo que já vem sendo usado na capital e em outros municípios do país, que comprova se a pessoa já tomou a primeira dose, completou o esquema vacinal ou recebeu dose única do imunizante contra a COVID-19 foi outro tema discutido na reunião do Comitê. “Vamos marcar uma reunião com todos os segmentos e por sugestão do vereador Gustavo Pozzi também poderemos realizar uma audiência pública sobre o tema. A ideia é fazer uma união pela vacina sem precisar de novos decretos”, finalizou Aquino.


O secretário de Saúde, Marcos Palermo, divulgou os novos indicadores da COVID-19 no município. “Os números nos mostram reduções nas médias. A média diária de novos casos está em 10,7 e de óbitos caiu de 1,68 a média diária para menos de 0,03. A vacinação também avançou e hoje 368.056 doses da vacina contra a COVID-19 já foram aplicadas no município, sendo 215.132 relativas a primeira dose, o que representa 84,53% da população, e com as duas doses 152.928, ou seja, 60,09% da população”.