O homem-forte do governo Airton Garcia na interlocução com a Câmara Municipal era o Secretário de Governo, Edson Fermiano. Era, porque parece que neste momento o experiente doutor, pessoa das mais doces e gentis da política local não está com tanto prestígio assim, isso é o que se diz pelos corredores prédio do Legislativo.
Fontes asseguravam que na última terça, 26, quando se aprovou a Comissão Processante contra o prefeito Airton Garcia, dr. Edson cumprindo sua função como Secretário de Governo teria tentado derrubar a votação, contudo o 18 a 3 foi uma mostra de que os vereadores estão imbuídos de investigar a questão da Entulheira do Aracy e que nenhuma articulação seria suficiente para que a CP não fosse aprovada.
As demissões de vários Secretários e Cargos de Confiança ocorridas na noite de ontem acenderam um sinal de alerta entre os articuladores políticos locais: estaria dr. Edson sem força para articular e assim impedir que o caos na já desgastada relação entre Câmara e Prefeitura se implantasse de vez? Parece que a resposta à esta pergunta foram as demissões. Com essas exonerações, a relação da Câmara com a Prefeitura explodiu de vez e agora pelo que se comenta nos bastidores nem o Secretário, Edson Fermiano, teria força para reconstruir essa ponte. Sendo assim, a pergunta que se faz no momento é a seguinte: dr. Edson Fermiano ficará na Prefeitura como Secretário de Governo ou será mais um que deixará o cargo?
Alguns analistas apostam que Dr. Edson pode deixar o posto de articulador e que isso até já poderia ter acontecido na terça passada quando a CP foi aprovada. Contudo, Fermiano ainda não caiu, mas é evidente o seu desgaste perante à Prefeitura e também os vereadores. Por sinal, a Prefeitura e seus articuladores erram muito ao não ouvir a experiência de um homem como Edson Fermiano que tem décadas na política e praticamente conhece a máquina pública como poucos.
Entretanto, perante todo esse caos político implantado no governo municipal parece que dr. Edson Fermiano não tem muita alternativa neste momento. Ficar num local onde sua força política não é a mesma não parece ser uma prática que um homem de sua envergadura goste, ou seja, deixar o posto se tornaria uma opção bem mais plausível.
Aliás, dizem que entre os vereadores a saída de dr. Edson seria algo inevitável de acontecer. Será? Resta saber se diante de quadro caótico ele resiste até o fim desta quinta-feira. Como diria o saudoso radialista Ruy Carlos Cereda: “Quem viver, verá!”
Renato Chimirri
