A vulnerabilidade social é uma chaga dos tempos modernos. Há inúmeras pessoas em muitos pontos das cidades ao redor do planeta que não tem um teto adequado para repousar e passar o dia. Isso tudo se dá pela falta de oportunidades, de uma educação inclusiva, de políticas públicas adequadas de resgate da dignidade humana que acarreta problemas de saúde físicos, bem como mentais. Esse quadro se converte, em muitos casos, nos pequenos delitos e também no uso de entorpecentes.
São Carlos tem muitos destes problemas e um deles está localizado na Rua Itália, a chamada Travessa 8, ao lado do Piscinão. Neste local, há pessoas em situação de pobreza extrema, vulneráveis.
Basta olhar nas imagens que é possível observar a quantidade de sujeira que gravita ao lado da pequena barraca.
Os moradores da região, muitos que residem por ali há mais de 50 anos, dizem que a situação é complicada, pois a sujeira e a falta de perspectiva para essas pessoas gera um transtorno importante para a vizinha, além da crise humanitária, há a crise pela falta de limpeza. E há a nossa crise (de toda a sociedade são-carlense, onde a imprensa também está incluída) que é ética e a moral.
A cena da vulnerabilidade social não é um particular apenas de São Carlos, isso se repete em larga escala pelos municípios brasileiros, contudo como estamos nesta cidade temos que dar atenção para o nosso local, a nossa aldeia. É de doer saber que as pessoas estão “morando” em locais assim.
A função da imprensa é mostrar, propor a reflexão e pedir que tenhamos políticas públicas que venham dos governos federal e estadual e que possam contemplar a esfera municipal e assim possamos dar dignidade e condições de vida para maioria dos brasileiros. Essa cena de sujeira e miséria dói em todos.
Foto: Maurício Duch