
Movimento de greve na Engemasa é pacífico e organizado
Os trabalhadores da área de produção da Engemasa, em São Carlos, decidiram deflagrar greve na manhã desta segunda-feira (17) após uma longa sequência de negociações frustradas entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos. A informação foi confirmada pelo presidente da entidade, Vanderlei Strano.
Segundo Strano, a mobilização começou depois que a primeira proposta apresentada pela empresa foi rejeitada pelos funcionários. “Tivemos todo o processo de negociação, apresentamos a proposta aos trabalhadores, e eles rejeitaram. Votamos um aviso de greve e demos 48 horas para retomar as conversas”, explicou.
A empresa marcou uma nova rodada de negociação, mas apenas dois dias depois do prazo estabelecido. A segunda proposta, levada pelo sindicato até a porta da fábrica, também foi recusada pelo grupo. Mesmo assim, a categoria decidiu não iniciar a greve imediatamente na sexta-feira, dando mais um fim de semana para que a Engemasa apresentasse um novo posicionamento.
No domingo, o sindicato elaborou uma nova proposta — desta vez sugerida pelo próprio presidente da entidade. Strano afirma que apresentou a ideia à empresa, mas não obteve retorno. “Reforçamos aos trabalhadores que a empresa mantinha a proposta anterior. Eles rejeitaram novamente. Falei então da nova proposta que eu havia feito, mesmo sem autorização da categoria. Essa proposta os trabalhadores aprovaram, mas não tivemos o ‘ok’ da empresa”, relatou.
Diante do impasse, os funcionários decidiram entrar em greve nesta segunda-feira. De acordo com o sindicato, cerca de 39% da área produtiva da Engemasa está paralisada.
Strano afirma que o movimento seguirá até que a empresa apresente uma proposta que atenda às demandas da categoria. “A greve está acontecendo e vamos permanecer dessa forma até conseguirmos algo que contemple a vontade dos trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu.
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