
A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirmou a ocorrência de um surto de escarlatina no município. Até o momento, 39 casos da doença foram notificados em 10 escolas, entre instituições públicas e privadas. O órgão municipal emitiu orientações às unidades de ensino e aos serviços de saúde para conter a disseminação e reforçar as ações de prevenção.
A escarlatina é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, a mesma responsável pela faringite estreptocócica. A enfermidade é mais comum em crianças e pode se espalhar rapidamente em ambientes coletivos, como escolas e creches. A transmissão ocorre principalmente por gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou falar, e também pelo contato com objetos e mãos contaminadas.
Segundo a Vigilância, o período de incubação varia de 1 a 10 dias, sendo mais comum entre 2 e 5 dias. Sem tratamento, o paciente pode transmitir a bactéria por até três semanas. No entanto, após 24 horas de uso do antibiótico, a transmissão geralmente é interrompida.
Sintomas e diagnóstico da Escarlatina
Os sintomas aparecem de forma súbita, com febre alta, dor de garganta intensa, calafrios, mal-estar e manchas vermelhas na pele — o chamado exantema escarlatiniforme, que tem textura áspera e se espalha pelo corpo, poupando palmas das mãos e plantas dos pés. Também são comuns o avermelhamento do rosto, a língua em aspecto de framboesa e a descamação da pele nas semanas seguintes.
O diagnóstico é clínico e se baseia nos sinais e sintomas. Exames laboratoriais, como cultura de orofaringe e testes rápidos de antígeno, podem confirmar a presença da bactéria.
Orientações e medidas de prevenção
A Vigilância Epidemiológica reforça a importância de medidas simples para evitar novos casos:
Lavar as mãos com frequência e ensinar as crianças a fazer isso corretamente;
Evitar compartilhar objetos pessoais, como copos, talheres e toalhas;
Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
Manter os ambientes ventilados e limpos;
Isolar casos suspeitos até 24 horas após o início do antibiótico;
Notificar imediatamente a Vigilância Epidemiológica em caso de suspeita ou surto.
As escolas também foram orientadas a afastar alunos e funcionários com sintomas, intensificar a higienização de brinquedos e superfícies e comunicar pais e responsáveis sobre a situação. Além disso, devem promover ações educativas para orientar a comunidade escolar sobre os cuidados e sintomas da doença.
Tratamento e acompanhamento
O tratamento é feito com antibióticos, geralmente penicilina, e deve ser iniciado o quanto antes para reduzir o risco de complicações e interromper a transmissão. É essencial cumprir o ciclo completo do medicamento, mesmo após a melhora dos sintomas.
A Vigilância Epidemiológica segue monitorando os casos e acompanhando as instituições envolvidas para avaliar a evolução do surto. Pais e responsáveis devem manter atenção a sinais como febre, dor de garganta e manchas avermelhadas, procurando atendimento médico em caso de suspeita.
“O isolamento rápido e o tratamento adequado são fundamentais para conter a disseminação da escarlatina. As escolas e famílias têm papel essencial nesse processo”, destacou o órgão municipal em nota.
Vigilância Epidemiológica de São Carlos continua à disposição para orientações e esclarecimentos sobre a doença e as medidas de prevenção.
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