O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é considerado o mais venenoso do Brasil e responsável pela maior parte dos acidentes graves no país
Um morador da Rua Marcus Vinícius de Mello Moraes, no bairro Santa Felícia, em São Carlos, levou um susto na manhã desta terça-feira (2) ao encontrar um escorpião-amarelo na área de sua residência. A via fica próxima à CEMEI Homero Frei, onde já haviam sido registrados relatos de aparições do aracnídeo.
Segundo o morador, o flagrante ocorreu quando ele se preparava para sair para o trabalho. O sapato que costuma deixar na garagem estava no quintal, e ao calçá-lo, percebeu algo se movendo.
“Eu coloquei o sapato e, quando levantei, vi o escorpião saindo debaixo dele. Ele poderia estar dentro do sapato e eu nem perceberia. Foi por pouco. Ele correu para debaixo da mesa e, quando puxei, consegui matá-lo. Debaixo da mesa também encontrei teia de aranha e o que parecia ser a carcaça de um filhote”, relatou.
O caso reacende o alerta para o aumento de registros de escorpiões na região, especialmente durante períodos de calor e baixa umidade — condições favoráveis ao aparecimento desses animais em áreas urbanas.
Perigo do escorpião-amarelo
O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é considerado o mais venenoso do Brasil e responsável pela maior parte dos acidentes graves no país. Sua picada pode provocar dor intensa, vômitos, sudorese, queda de pressão e, em casos mais severos, complicações cardíacas e respiratórias, especialmente em crianças e idosos.
A espécie se adapta facilmente ao ambiente urbano, escondendo-se em frestas, entulhos, sapatos, roupas e locais úmidos. Além disso, o escorpião-amarelo se reproduz sem necessidade de macho, o que faz sua população crescer rapidamente.
O que fazer em caso de picada?
Em São Carlos, o tratamento adequado está disponível na Santa Casa, que é referência na cidade e dispõe de soro antiescorpiônico.
Quem sofrer a picada deve:
- Procurar atendimento imediatamente, sem tentar tratar em casa;
- Não aplicar gelo, álcool, pomadas ou torniquetes;
- Manter a calma e, se possível, levar o animal para identificação, desde que isso não ofereça risco.
A rapidez no atendimento é essencial para evitar complicações.
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