
A notícia do falecimento de Sidney Benevenutto Poiane, o popular Brito, deixa São Carlos e toda a região em luto. Mais do que um árbitro de futebol amador, Brito foi uma referência de honestidade, caráter e paixão pelo esporte, valores que marcaram sua trajetória dentro e fora dos campos. Aos 86 anos, ele encerra uma vida de mais de quatro décadas dedicadas ao apito, mas deixa como herança um legado que permanecerá para sempre na memória de quem conviveu com ele.
No futebol amador, onde as dificuldades são tantas e a paixão é a maior força motriz, Brito soube se tornar uma lenda. Era respeitado pelos jogadores, dirigentes e torcedores porque transmitia confiança, seriedade e amor pelo que fazia. Poucos conseguem carregar o título de “exemplo” com tanta legitimidade quanto ele. Não à toa, construiu grandes amizades e marcou época, sendo lembrado não apenas como árbitro, mas como um homem que fez do esporte um instrumento de união.
Palmeirense de coração, Brito foi também um pai e avô presente, deixando a esposa Nilceia, os filhos Marcelo, Marcos Tito, Roberto e Edna, além dos netos, que hoje sentem a dor de sua partida, mas também o orgulho de sua história. Como destacou seu filho Tito, Brito não apenas contribuiu para o futebol amador, mas foi um verdadeiro mestre de vida: um homem honesto, apaixonado pelo que fazia e amado por todos.
Em um tempo em que a paixão pelo esporte muitas vezes se perde em meio aos interesses, Brito se manteve fiel a valores que não se compram: dedicação, respeito e amor pelo jogo. Ele pode ter parado de apitar há muitos anos, mas sua presença ainda se sente em cada partida disputada nos campos amadores da cidade.
Hoje, a despedida é dolorosa, mas a memória é de gratidão. Brito foi, e sempre será, um símbolo de como o esporte pode transformar vidas e deixar marcas eternas. O futebol amador de São Carlos perde uma de suas maiores figuras, mas ganha um exemplo eterno a ser lembrado e seguido.
Foto publicada pelo árbitro Gilberto Correa.








