Fuvest 2018 aborda limites para a arte

A prova de redação da Fuvest 2018 abordou o tema “Devem existir limites para a arte?”. Segundo candidatos que prestaram a segunda fase do vestibular neste domingo (7), a prova exigiu interpretação de texto e não teve muitas questões com embasamento literário. Além da redação, o primeiro dia da segunda fase também teve questões de português.

O tema da redação era embasado com reportagens sobre a polêmica da Exposição Queer Museu no Santander Cultural em Porto Alegre (RS). A exposição sobre diversidade sexual foi cancelada em setembro do ano passado após ataques aos organizadores nas redes sociais. A redação também trazia a nota do Santander Cultural sobre a polêmica.

Tainá Souza Pacheco, de 27 anos, presta pela segunda vez a prova da Fuvest. Já formada em economia, ela tenta matemática. “Na segunda vez é mais fácil, porque a cobrança é menor.”

Prestando vestibular para conseguir transferência do curso de pedagogia para letras, Rafaela Paiva Fonseca, de 22 anos, gostou do tema da redação e achou “pertinente”.

“Ajuda não ser o primeiro vestibular, achei mais fácil comparado aos outros anos. Eu não fiquei surpresa com o tema, mas não esperava. Achei bem pertinente, foca no preconceito e te incita a falar sobre censura. Achei um tema muito bom”, disse Rafaela.

Prestando o vestibular para contabilidade, Paulo Brito, de 40 anos, achou a prova bem colocada e com espaço para debates.

“Tema inteligente, bom e com espaço para desenvolver, atual. Navegar sem ideologia e sem forcar brigas ideológicas. As seis primeiras questões foram claras”, disse.

Thiago Biscuola, de 29 anos, concorda e acrescenta que a prova não exigia conhecimentos específicos e sim “se você sabe o uso correto da língua”.

Para a segunda fase do vestibular Fuvest 2018 foram convocados 19.690 candidatos que concorrem a uma das 8.402 vagas oferecidas nos cursos da USP, além de 2.100 treineiros, totalizando 21.790 vestibulandos.