Em Al Ain, Emirados Árabes, Grêmio busca título do Mundial de Clubes

Para preparação tricolor para o Mundial de Clubes, o técnico Renato Portaluppi fechou a atividade para torcedores e imprensa. Pelo protocolo da FIFA, os clubes participantes da competição têm direito de fechar uma atividade que precede os jogos que disputarão.

Com pouco mais de 20 minutos de atividade aberta, foi possível observar apenas o aquecimento dos atletas, que tiveram o acréscimo do volante Cristian, do atacante Beto da Silva e do fisioterapeuta Thiago Albuquerque, que se uniram ao grupo que disputa a competição nos Emirados Árabes.

Goleador do Grêmio na Libertadores com oito gols marcados, Luan destacou a força do grupo e a confiança no escolhido pelo técnico Renato para substituir o volante Arthur, que sofreu uma lesão na final da Libertadores. Para seu companheiro de ataque, Lucas Barrios, as características principais do Pachuca são a velocidade e a força. “Eles têm jogadores rápidos, joguei no México, sei como eles pensam dentro de campo. Estamos muito concentrados, estamos focados nesta semifinal”, destacou.

O Grêmio volta aos treinamentos à tarde. Após a atividade, o plantel segue para o estádio Hazza Bin Zayed, onde fará o reconhecimento do gramado.

A história Do Grêmio está eternizada na memória de cada um dos gremistas espalhados pelos quatro cantos do planeta.Tudo o que foi escrito jamais será apagado, e essa glória contou com a ajuda de quatro personagens que novamente estão presentes na caminhada pelo bicampeonato Mundial: Adalberto Preis, Antônio Carlos Verardi, Saul Berdichevski e Renato Portaluppi.

Vice-presidente em 1983 e em 2017, Preis relembra com carinho a parceria vitoriosa de outrora reeditada neste edição do Mundial de Clubes, a terceira disputada pelo Tricolor. A glória máxima do Clube até hoje foi possível graças à força do grupo, mas um personagem em especial chamou a atenção do mundo. “Renato era um jogador irreverente, mas muito disciplinado”, lembra Preis.

O tratamento com o jovem Renato à época era como de um pai para seu filho. Dessa forma que o Superintendente do Clube, Antonio Carlos Verardi, tratava o ponteiro-direito do Tricolor. “Sempre foi um predestinado. O Renato era, e continua sendo, uma pessoal muito especial. Com muito bom humor, o hoje técnico Renato confirma a história de Verardi. “Na minha época o Seu Verardi só tinha cabelos pretos, porque eu não dava problema pra ele, eu dava problema para os adversários”, se diverte.

 E realmente, os alemães do Hamburgo tiveram diversos problemas com aquele camisa 7. Daquele ano, o diretor de futebol Saul Berdichevski lembra com saudade dos momentos posteriores à confirmação do título Mundial, após prorrogação. “Tive a alegria de dar a volta olímpica no estádio Nacional de Tóquio. Já Renato, brinca com sua atuação até hoje. “Naquele jogo não fui bem… me dou nota 4”, se diverte o autor dos dois gols que deram o título ao Grêmio.

Passados 34 anos da conquista, o Grêmio está de volta ao Mundial de Clubes. Dessa vez, com Renato no comando do plantel que começará a busca pelo bicampeonato do torneio nesta terça-feira 12 de Dezembro  contra o Pachuca, do México. E o quarteto campeão está novamente junto para buscar este feito.

A caminhada pelo Mundial começou em 2015, onde o Grêmio se reestruturou internamente. Após 15 anos sem conquistas nacionais, o Tricolor voltou ao cenário dos títulos com a Copa do Brasil. Em 2017, o planejamento Tricolor focou a conquista da Libertadores da América. E ela veio de forma incontestável após duas vitórias contra o Lanús, da Argentina.

Para que se repita a história de 1983, o Grêmio precisa vencer dois confrontos. O primeiro, contra o Pachuca, do México, acontece nesta terça-feira, às 15h. Depois, o confronto da grande final. Todos estão preparados para fazer história mais uma vez.

Texto: Gremio.net

Fotos: Lucas Uebel / Grêmio FBPA