Metalúrgicos de São Carlos aprovam aviso de greve e mobilização

Mobilização na Tecumseh

A Direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos intensifica a mobilização pela Campanha Salarial 2018 em toda a base.
Em assembleia geral realizada no domingo (30/09), os trabalhadores aprovaram aviso de greve e estado permanente de luta e mobilização.

A campanha salarial deste ano apresenta um cenário diferente pós-reforma trabalhista (Código Patronal), nos quais os patrões se apoiam para retirar direitos da classe trabalhadora. O tema da Campanha traz consigo o fortalecimento dos Sindicatos como saída para a atual conjuntura: “Se você acha que o Sindicato pode fazer mais, faça com a gente!”, desta forma, busca a unidade para garantir os avanços.

A data-base da categoria é 1º de setembro, e em junho foi entregue a pauta de reivindicações as bancadas patronais, através da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT/SP), porém os patrões estão persistindo em retirada de direitos, e as negociações não avançam.

Para o presidente do Sindicato Erick Silva, as mobilizações continuam por toda a base, ou o patrão apresenta proposta de aumento real à Federação ou vamos preparar a greve. “Os patrões estão dispostos a retirar os nossos direitos a qualquer custo. Nós estamos intensificando a mobilização pra mostrar que não vamos abrir mão de nenhum direito e queremos o aumento real. Estamos realizando os protestos e assembleias e se necessário greve. Vamos pressionar os patrões até ter convenção”, destaca Erick Silva.
A FEM-CUT/SP está negociando a convenção coletiva, os metalúrgicos de São Carlos podem entrar em greve a partir de quarta-feira (03/10) para ajudar nessa construção, conforme aviso de greve.

PROTESTOS
Na segunda-feira (01/10), foram realizadas assembleias e protestos juntos aos trabalhadores da base. Na oportunidade os trabalhadores na Electrolux aprovaram mobilização e disposição e luta.

Já na Tecumseh do Brasil, Planta II, os trabalhadores paralisaram as atividades, como forma de protesto, interrompendo o turno. “Fizemos um protesto pacífico dentro da fábrica, parando toda a atividade. Conversamos com os trabalhadores que estão dispostos a lutar para garantirmos nossa data-base, vamos esperar até quarta-feira para uma proposta decente, com reposição da inflação, aumento real e valorização do ticket alimentação”, explica Vanderlei Strano.