O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira (4) que vai deixar a pasta para tentar a reeleição em outubro. O político quer concorrer a uma vaga de deputado federal e disse que o “cargo está a disposição do presidente Michel Temer”.
Eu saio para disputar a eleição, vou concorrer à reeleição para deputado federal, e fico no Ministério até a data que o presidente me solicitar, desde que seja até 7 de abril”, explica Barros.
Pela lei, o ministro que for participar das eleições tem até o dia 7 de abril para pedir exoneração. Barros fez o anúncio durante uma entrevista coletiva no ministério sobre a execução orçamentária da pasta em 2017.
Nos últimos dias, dois ministros deixaram o governo com o objetivo de disputar as eleições: Ronaldo Nogueira (PTB-RS), do Trabalho, e Marcos Pereira (PRB), da Indústria e Comércio Exterior. A tendência é que outros da equipe ministerial sigam o mesmo caminho.
Ampliação em 95% investimentos em ações e serviços
Também ontem o ministro Ricardo Barros apresentou os detalhes das ações do ministério nos últimos anos. O investimento em serviços e ações de saúde pública foi ampliado em 95% nos últimos dois anos. De acordo com o Ministério da Saúde, esse resultado foi alcançado graças a economia de quase cinco bilhões de reais realizada pela atual gestão do ministério.
O ministro Ricardo Barros destacou ainda a expectativa de mais economia para este ano, com o uso de tecnologia digital nos atendimentos.
“Nós saímos de 920 Unidades Básicas com prontuário eletrônico para 17 mil em 2017 e vamos entregar 2018 com 41 mil Unidades todas informatizadas com biometria do usuário, com biometria do funcionário. Isso vai permitir um aproveitamento muito grande dos recursos e uma economia que eu estimo, dos R$250 bilhões de reais por ano que Estados, Municípios e União investem na saúde, na ordem de R$20 bilhões”, destacou.
Entre as ações realizadas graças a liberação de recursos para a saúde pública estão a expansão do número de cirurgias eletivas, aumento de exames de pré-natal e ampliação das equipes na atenção básica.
Fonte: Janary Damacena e Tácido Rodrigues
