Conscientização e ações para evitar acidentes no dia do motociclista

Detran celebra dia do motociclista
Detran celebra dia do motociclista

Detran dá dicas para o motociclista rodar com tranquilidade

Nesta quinta-feira, dia do motociclista, o Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo quer conscientizar todos os apaixonados pelos veículos de duas rodas sobre a necessidade de segurança à direção, seja para passear ou para trabalhar. Dados do Infosiga-SP, sistema que reúne informações sobre o trânsito paulista, coordenado pelo Detran-SP, indicam que o número de óbitos a partir de acidentes com motocicletas caiu 5,8% no último mês de junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

No acumulado de janeiro a junho deste ano, em comparação ao primeiro semestre de 2022, a queda dos óbitos envolvendo motocicletas é de 1,6%. Entretanto, em época pós-pandemia, quando a crescente utilização desse tipo de veículo se mostrou uma tendência, é importante redobrar os cuidados e respeitar as de trânsito para se evitar engrossar as tristes estatísticas.

A frota atual de motocicletas no Estado de São Paulo é de 6.148.285. O número de motociclistas é ainda maior: 8,6 milhões. E não para de crescer. Entre janeiro e junho de 2022, foram emitidas 1,06 milhão de carteiras de habilitação para condução de motos em todo o Estado. No primeiro semestre deste ano, o número cresceu 46,4%: 1,55 milhão de CNHs emitidas.

Detran celebra dia do motociclista
Detran celebra dia do motociclista

Da mesma forma, a frota de motocicletas segue aumentando no Estado: foram 5,87 milhões de motos emplacadas no primeiro semestre do ano passado e mais 6,14 milhões de motos registradas no primeiro semestre deste ano. Ou seja, cada vez mais veículos de duas rodas e seus condutores circulando pelo trânsito paulista, demandando observação criteriosa aos cuidados para interação adequada com os outros veículos:

Detran-SP dá dicas para melhorar a segurança dos motociclistas no trânsito

Capacete – Obrigatório para piloto e garupa. Minimiza as chances de ferimentos graves em um acidente. Deve estar devidamente fixado à cabeça, preso ao queixo por meio da cinta, sem folgas, e com a viseira totalmente abaixada. Na ausência dela, será necessário usar óculos protetor específico (não vale óculos com lentes corretivas ou de sol). Precisa ter o certificado pelo Inmetro e deve ser aposentado sempre que receber forte impacto ou estiver com a altura da espessura da espuma do forro interno diminuída, o que compromete a proteção.

Calçados e roupas resistentes – Por andar mais exposto, usar vestuário com tecido mais grosso protege melhor o motociclista e pode evitar lesões. Proibido chinelos ou sandálias. Existem também coletes refletivos para sobrepor às roupas comuns e tornar o motociclista mais visível na via, principalmente à noite. O uso de luvas nas mãos também é indicado.

Uso do celular – O celular pode ser utilizado como GPS, desde que acoplado por meio de suporte no guidão da moto. Contudo, só pode ser manuseado quando o veículo estiver estacionado e com o motor desligado. Nada de colocar o celular dentro do capacete para atender ligação, nem mesmo utilizar fones de ouvidos para ouvir músicas no deslocamento.

Trafegar no corredor – A legislação federal de trânsito não proíbe a circulação de motos nos chamados corredores. Porém, o piloto precisa guardar distância segura lateral e frontal de 1,5m em relação aos demais veículos, além de considerar a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as climáticas. Vale o alerta: cuidado redobrado nesta situação, pois o motociclista corre o risco de não ser visto pelos demais motoristas, principalmente se estiver entre veículos grandes, e se envolver em acidentes.

Ultrapassagem à direita – Nunca! Os motoristas de carros não esperam essa atitude e isso aumenta o risco de colisão. A ultrapassagem deve ser feita em locais permitidos pela sinalização e pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver na faixa apropriada e sinalizando o propósito de entrar à esquerda.

Excesso de velocidade – É fundamental respeitar os limites de velocidade, ainda mais estando sobre um veículo de duas rodas – que deixa o condutor mais vulnerável e, em caso de acidente, projeta o corpo do piloto contra outro veículo ou o asfalto. O impacto é maior conforme aumenta a velocidade.

Manobras – O motociclista deve estar montado ou sentado, com as duas mãos no guidão e os pés sobre os pedais ou assoalho (no caso de motoneta) para pilotar. Não é permitido também descer da moto e empurrá-la com o motor ligado para fazer alguma manobra. Então, nada de conversões proibidas, invadindo faixas de pedestres ou ciclovias destinadas às bicicletas.

Escapamento esportivo – É permitido, desde que atenda o que prevê a legislação federal de trânsito. O motociclista não pode rodar com descarga livre, silenciador defeituoso, sem redutor de temperatura ou com dano que comprometa a eficiência do escapamento, situações que configuram infração de trânsito.

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