No dia do sorvete, lembremos da sorveteria mais famosa de São Carlos

Sorveteria marcou época

Da Fundação Pró-Memória

Conta-se que o sorvete foi criado na China, muito semelhante a atual raspadinha, por ser feito a base de neve, frutas e outros ingredientes. De lá, se espalharam para o restante do mundo.

Já no Brasil, os sorvetes chegaram por meio de navios americanos que aportaram no Rio de Janeiro por volta de 1835. Toneladas de gelo chegaram ao país e foram vendidas a comerciantes brasileiros para fabricarem o produto, que precisava ser consumido logo após o preparo, porque não havia geladeiras.

Em São Carlos, tornou-se famosa a sorveteria Romanelli, pioneira neste ramo, a partir do ano de 1923, quando Raymundo Romanelli viajou para a Itália e trouxe consigo a técnica de fabricação de sorvetes para a cidade. Segundo a memorialista Maria Christina Girão Pirolla, no início, a sorveteria Romanelli não tinha maquinários próprios e, por isso, a mistura de sorvete era colocada em um recipiente cercado por gelo e era batida a mão, produzindo sorvetes de massa. Com o objetivo de melhorar a fabricação, a família Romanelli importou maquinários da Suíça em 1930, diversificando seus tipos de sorvetes.
A sorveteria primeiro se instalou onde funcionou a Farmácia Central, em frente a Câmara Municipal. Depois foi para a esquina da Rua Major José Inácio com Rua Alexandrina e na Avenida São Carlos, até encerrar suas atividades por volta de 1984.

Imagem: interior da Sorveteria Romanelli, década de 1920. Acervo APH-FPMSC

#PraCegoVer foto em preto e branco, com filtro sépia, mostrando o interior de um espaço comercial. Do lado esquerdo vê-se uma prateleira que toma toda a parede, com vários tipos de bebidas e potes. Também do lado esquerdo, sob um balcão longo, está uma caixa registradora. No centro e do lado direito da foto, várias pessoas, entre mulheres, homens e crianças, posam para a foto, alguns com xícaras nas mãos, distribuídos em torno uma máquina de café da época, que repousa sobre um balcão.