A primeira barreira de titânio totalmente nacionalizada é 80% mais barata que as vendidas no mercado
A primeira PTFE de titânio começa a ser produzida no Brasil. Feita em São Carlos, a barreira é usada em cirurgias dentárias, a nova proteção é a primeira de titânio a ser produzida na América Latina e tem fabricação 100% brasileira.
Muito usada em cirurgias dentárias, principalmente na implantodontia, a PTFE de titânio feita no Brasil é 80% mais barata do que a manufaturada nos Estados Unidos pela única outra empresa que detém essa tecnologia no mundo. O material é produzido na maior fábrica de biomateriais da América Latina.
Quando um dente é extraído, a cavidade começa a cicatrizar e acontece o fechamento da gengiva. Essa cicatrização traz para o paciente uma atrofia em altura e espessura óssea, então a região fica comprometida para receber um implante futuramente. A PTFE de titânio entra aí, ela faz uma regeneração óssea guiada, impedindo a cicatrização e a atrofia, preenchendo a cavidade sem perder a altura e espessura. Por ser de titânio, ela tem maior facilidade de manipulação, para conseguir encaixar na área que vai ser colocada.
Outras vantagens para a saúde do paciente são que o material não contamina a região bucal, evitando a perda da cirurgia; e a membrana é facilmente removida, não é necessário anestesia, sem precisar expor o paciente a uma segunda cirurgia.
Este novo material causa grande revolução no mercado, reduzindo custo e tempo cirúrgico dos casos mais desafiadores, que são o ganho de massa óssea em altura. Por ser produzido nacionalmente, a tecnologia fica mais barata e pode começar a ser utilizada de forma popular.
O material vai ser lançado no IN Congress no dia 15 de setembro.
Para o que serve a PTFE de titânio?
A sigla PTFE vem do politetrafluoretileno, um tipo versátil de polímero sintético que é usado em uma ampla variedade de campos na indústria odontológica.
Ela é usada na implantodontia, quando o dentista remove um dente. Uma vez que a incisão tenha sido feita, o alvéolo (o lugar onde os dentes ficam alojados) é irrigado com solução salina e a PTFE de titânio é colocada. Depois que o dente é extraído, o buraco começa a cicatrizar, essa cicatrização traz para o paciente uma atrofia em altura e espessura óssea, comprometendo a região para um implante futuro. A PTFE de titânio faz uma regeneração óssea guiada.
A membrana é de teflon e tem um arcabouço de titânio. Isso confere maior rigidez para ela e mais facilidade de manipulação para conseguir encaixar na área que deve ser colocada. Se o material só fosse de teflon acabaria não tendo estabilidade, que só é possível por essa “folha” de titânio.
Após algumas semanas, a membrana é facilmente removida para evitar a contaminação, sem a necessidade de anestesia e de maneira não invasiva. A grande vantagem e ajuda dessas membranas é que elas reduzem a necessidade de levantar grandes abas e fazer incisões verticais e complexas para alcançar um fechamento por primeira intenção, e , também reduz a necessidade de um segundo procedimento cirúrgico para remoção.
O material de titânio é impermeável e pode ficar até 1 ano na boca do paciente, dando mais tempo e segurança para a recuperação. Com isso, torna a extração menos traumática possível, promovendo a cura e um resultado melhor. Provendo mais proteção das áreas onde são realizados implantes dentários.
Esse material é produzido no Brasil pela Criteria Biomateriais, a maior empresa da indústria odontológica da América Latina. Nascida em 2006, a companhia brasileira tem como missão democratizar as cirurgias dentárias no Brasil, trazendo mais acessibilidade para a área e ajudando pessoas que perderam os dentes e as funções mastigatórias.