O são-carlense e a sua mania de querer aglomerar na pandemia

É preciso cuidado

Há algum tempo moradores da região do Damha, Samambaia e bairros adjacentes tem reclamado da barulheira, aglomeração e música em volume insuportável na avenida Alberto Villas. Eles dizem que todo o final de semana diversos carros param na avenida e começa uma “reunião social” entre as pessoas justamente no momento em que o Brasil tem perdido pelo menos mil vidas durante a semana para a pandemia de Coronavírus.

A questão é de saúde pública e também de sossego das pessoas. Por que aglomerar num período em que o contato social deve ser restringido por causa da alta taxa de contágio do Coronavírus? Essas pessoas que estão se reunindo com frequência neste local sabem do risco que estão correndo? Provavelmente, sim, mas por que eles, supostamente pensam que estão imunes ao vírus? Amigos, sentimos informar, mas não há ninguém que tenha a imunidade comprovada 100% para esta doença, a vacina está a caminho, mas o momento é de prevenção e austeridade.

Somente em São Carlos são mais de 600 confirmados, fora os que desconhecemos, estamos contando 14 mortes no momento, e, infelizmente, ainda tem desocupado mental que chama a doença de mentira, dizendo que outras enfermidades também atacam as pessoas. Um fato é verdade, há outras enfermidades e por isso temos que cuidar da COVID-19, pois se os hospitais lotarem, as pessoas morrerão somente por essa doença, mas por outras que poderiam ser evitáveis, a lógica é tão simples que já cansou explica-la para alguns descompensados.

Aglomerar seja no Jardim Embaré ou na avenida Alberto Villas é uma atitude insensata e que obriga as autoridades como aconteceu no dia de ontem dispenderem recursos para acabar com algo que nem precisaria ocorrer se as pessoas tivessem consciência de que não é o momento para reuniões de clubinho social.

É preciso que tenhamos a responsabilidade de zelar por nós e por outros, porque você pode ser um assintomático, se contaminar nessa reunião e depois transmitir o vírus para uma pessoa que desenvolva uma forma grave da COVID-19. Sendo assim, este tipo de evento precisa ser suspenso para que no futuro, num local adequado, ela ocorra sem maiores problemas.

 

Renato Chimirri