Opinião: Airton Garcia devia ajudar a família de José Romeu

Família: um bem precioso

Todos se comoveram com o drama que a família de José Romeu, que infelizmente faleceu em maio deste ano, passou durante todo o seu tratamento. As pessoas viram os depoimentos emocionados de sua mãe Regilena Malagutti e também de sua esposa Thaís Cristina, bem como de seus demais familiares. A morte do jovem comoveu São Carlos e região, sobretudo porque ainda com pouca idade, José Romeu deixou uma sementinha na Terra que é seu filhinho.

José Romeu foi vítima de uma doença ao que tudo indica de família, portanto hereditária, chamada Polipose Adenomatosa e agora existe a chance de seu filho ter o mesmo problema, por isso se faz necessário que um exame seja realizado no bebê para assim se observar o caso e com isso prevenir um futuro problema.

Ocorre que o exame é de alto custo e a família diz que existem amostras que eram de José Romeu com a Santa Casa, mas que o exame não foi realizado. Sem esse exame, a família não irá conseguir avaliar o bebê de José Romeu e saber o que está pela frente. E é neste momento que acredito que a Prefeitura poderia ter a sensibilidade e não se prender a letra fria da lei de ajudar esta família. Se o exame nas amostras de José Romeu não é coberto pelo SUS, a Prefeitura esperará essa família recorrer à justiça para realizar o procedimento num caso tão raro? Não seria de boa vontade fazer esse teste e assim aliviar o sofrimento dessa mãe e também da esposa de José Romeu?

A família ainda chora pela perda irreparável do rapaz, ainda sofre por ver um ente querido falecer de uma forma tão trágica e por isso acredito que a Prefeitura na pessoa do prefeito Airton Garcia e até da Secretaria de Saúde deveria olhar esse caso com bons olhos e buscar uma solução para o assunto. Gostaria aqui publicamente também de cobrar postura de algum vereador para essa situação. Por exemplo, queria ouvir a opinião do presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Lucão Fernandes, sobre esse caso do José Romeu, queria ver o vereador que sabe o que é sofrimento com doenças terríveis dizer o que acha de toda essa situação.

“Não adianta um deixar para o outro e outro deixar para um” no caso do José Romeu, porque estamos falando da vida de uma criança que ainda tem muito pela frente porque está sendo criada com amor por sua família. Certamente, é desejo de José Romeu, lá do céu, ver seu filho crescendo forte e saudável, sendo assim o momento é da Prefeitura e da Santa Casa chegarem num consenso e não deixar que essa história se transforme numa batalha judicial, pois só aumentaríamos a dor de uma família que hoje já está devastada pela pior de todas as dores possíveis que é a morte de alguém querido.

Que as autoridades possam refletir sobre seu papel no caso de José Romeu e vejam se não podem atender o pleito da família com esse exame. Na minha modesta opinião de jornalista esse seria um ato de amor ao próximo, um ato humanitário.

Renato Chimirri