O objetivo do artista plástico inglês Justin Moreno Spooner, 36 anos, é ir até a Patagônia chilena de bicicleta. Ele passou uns poucos dias em Panambi, acolhido pelo fisioterapeuta Roberto Handte, para descansar e retomar forçar para voltar ao ritmo de 100 quilômetros diários. “Vou devagar, carregando 60 quilos na bagagem e mais os meus 80 quilos”, diz, adiantando que pretende entrar na Argentina por São Borja.
O inglês, que reside também no México, leva consigo desde a barraca até uma pequena cozinha, “para preparar macarrão e arroz”. Durante o dia, as frutas são a base de sua dieta, mas confessa que, neste trecho do Brasil, do Paraná até o Rio Grande do Sul, “estou aproveitando o churrasco”. Ele quer chegar a seu destino ainda no verão, e retornar ao norte da América do Sul passando pelo Peru, onde diz gostar do clima e das estradas.
Spooner consegue sustentar-se graças ao seu trabalho, tendo feito obras de arte em várias cidades, no seu trajeto. Sua bicicleta, de 21 marchas, é uma “híbrida”, um equipamento urbano adaptado para as estradas.
A aventura de Justin começou, na verdade, em 2014, mas foi interrompida por acidente de trabalho no Rio de Janeiro, tendo caído e quebrado um tornozelo enquanto pintava um painel. Após um logo tempo de recuperação, retomou a viagem a partir do Paraná, em direção ao sul. Ele sustenta que a bicicleta é o veículo ideal para este tipo de aventura porque “fica mais fácil conhecer as pessoas”.
Colaboração: Jornalista Hugo Schmidt
