
No Brasil o avanço da variante ômicron da COVID-19 deverá ter seu pico nas próximas semanas (15 dias). Essa é a avaliação dada à CNN pelo infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda. Ele estima que o número de infectados pode crescer entre o fim de janeiro e início de fevereiro. “Só a partir daí vamos observar uma queda no número de casos, até lá podemos ter um aumento nas cidades com baixas coberturas vacinais”, ponderou.
O médico explicou que é um equívoco dizer que a ômicron é uma variante mais leve, ela pode levar as pessoas para o hospital e também à morte. “É lógico que essa variante não vai causar o mesmo número de óbitos que causou a variante gama no pior momento, mas ela pode estar associada ao aumento de hospitalizações, aumento de óbitos e principalmente um aumento por demanda de serviços de saúde como a gente já está vendo. Pessoas ficaram 4, 6 horas aguardando nas emergências”, disse.
Para Julio Croda, é fundamental que todos os que estão aptos tomem a dose de reforço contra a COVID-19. “A prioridade número um no Brasil é a dose de reforço, e lógico imunizar as crianças. Qualquer dose de vacina protege, duas ainda mais, três doses têm uma proteção muito elevada para internação e óbito”, afirmou.