Dia desses escrevi que Netto Donato (Secretário de Governo) e Edson Ferraz (Vice-prefeito) precisavam sentar e conversar sobre o momento político. Se sentaram e conversaram não posso afirmar, mas sei dizer que a articulação em torno da construção de um projeto político deste grupo para as eleições municipais vindouras ainda está patinando.
Vai chegar o momento em que os dois terão que decidir caminhos: teremos Netto/Edson ou Edson/Netto ou então cada um para o seu lado? Essa é uma situação que dois já devem conversar, não adianta vir com aquele discurso do “lá na frente a gente vê”, porque isso não funcionará.
Vejam vocês, Netto Donato vem sendo atacados nas redes, com vídeos áudios e montagens que visam desgastar seu trabalho e também seu poder diante do Governo Municipal se isso terá resultado no futuro, só o tempo dirá. Entretanto, esse tipo de ataque apócrifo não constrói pontes, mas dinamita caminhos, porque vai deixando o grupo que está na Prefeitura sem opções.
Tanto Netto, quanto Edson, são forças do atual governo, mas ainda não sabemos qual o real tamanho delas perante à opinião pública, por isso seria fundamental saber se juntas é possível construir algum projeto ou se as duas só poderão caminhar em separado. Digo isso, pela própria sobrevivência de quem hoje administra a cidade, pois eles correm o risco de chegar na eleição e enfrentar uma oposição unida e com uma proposta clara.
A aposta de que partidos de esquerda terão candidatos próprios para dividir votos com Newton Lima é muito perigosa. Esses partidos hoje fazem aliança com o presidente Lula que certamente trabalhará para que uma frente ampla seja construída na cidade. Por isso, acreditar nisso é achar que os contos da Carochinha são verdadeiros.
No próprio PT corre aos quatro ventos que membros de grupos políticos hoje no poder mandam recados a todo momento dizendo que querem uma união com Newton Lima já para próxima eleição. Essa informação extraoficial tem circulado por diversos locais do meio político.
Com isso, cresce a aposta de que poderemos ver uma debandada de quem forma os grupos hoje que comandam a Prefeitura caso as forças que atualmente dizem administrar a cidade continuem nesse embate frenético, embora mudo, mas que tem sido perigosamente travado entre as partes.
Já disse isso em texto anterior, quem ganha com essa situação é a candidatura do petista, pois ela sem fazer nada tem conseguido demonstrar para antigos aliados que a própria situação está esfacelada e que nenhum café em padaria pode, neste momento, organiza-los e realinha-los como a situação exige.
Vale aqui ressaltar que o quadro político também passa atualmente pela liderança do presidente da Câmara, Marquinho Amaral, que mostra poder de aglutinação e capacidade de reunir uma parte de quem hoje está no governo municipal em suas fileiras.
Renato Chimirri