
O vereador Lucão Fernandes falou na sessão legislativa desta terça, 26, que são 6 mil pessoas que aguardam cirurgias eletivas. Primeiro Lucão tocou no ponto dos anestesistas com a Santa Casa e o contrato do hospital com o grupo desses profissionais e a postura da instituição de tentar resolver a situação contratando novos médicos deste setor.
Lucão também comentou sobre o fato de que se a Prefeitura não agilizar as emendas dos vereadores, o Orçamento Municipal será “mexido” pelos parlamentares para que as cirurgias sejam realizadas.
Ocorre que como o próprio Lucão expôs, há pessoas que estão em situação complicada de saúde porque tem que fazer uma eletiva. Gente que espera há anos, pessoas que estão com dor, que não aguentam mais esperar a morosidade da Prefeitura Municipal nesta situação. A pergunta que fica é: por que isso demora tanto? Por que isso não é prioridade?
Outra questão que foi bem lembrada, mas desta vez pelo vereador Malabim, foi o caso dos ginecologistas. Malambim se recordou de emendas para a contratação destes profissionais, disse que houve uma contratação e que ela durou pouco mais de 90 dias e que hoje a realidade é complicada, porque faltam esses profissionais de saúde para atender as mulheres.
De que adianta fazer outubro rosa se as mulheres não conseguem ter o contato na rede com um ginecologista?
Cirurgia eletiva, Saúde da Mulher, devem sempre ser prioridade na cidade. Em São Carlos, se priorizou o recape em determinados momentos e isso é importante, porém o recape não consegue fazer nenhuma operação, não dá consulta para as pessoas e com isso as coisas vão se agravando. Há cirurgias eletivas de 2016 que ainda não foram realizadas de acordo com o vereador do PTB, Malabim falou que um paciente tem vergonha de sair na rua porque está com uma hérnia que ainda não foi operada. Como isso é possível? Como uma cidade que tem orçamento bilionário permite isso?
Como São Carlos deixa, por exemplo, o raio-x da UPA da Vila Prado quebrado? Os vereadores que são muito criticados, hoje cobraram com firmeza o governo Airton Garcia e o Secretário de Saúde, Marcos Palermo.
É momento da Prefeitura deixar de ficar olhando apenas para composições políticas e começar a colocar a máquina administrativa para funcionar de verdade. Pessoas esperando uma cirurgia eletiva, desde 2016, é um caso tremendo de desumanidade.
Renato Chimirri








