O aeroporto Mario Pereira Lopes não é mais alfandegado, ou seja, não pode receber voos internacionais. A informação foi confirmada pela concessionária VOA que opera a praça de aviação, assim como pela LATAM, empresa que se beneficiava diretamente do alfandegamento do local, pois os voos internacionais que vinham para o seu centro de manutenção (MRO) em São Carlos pousavam diretamente na cidade e não precisavam passar pelo processo em outros aeroportos, o que prejudica sensivelmente a operação da empresa na cidade.
Essa situação tem impacto direto no trabalho da LATAM e se não for resolvido rapidamente pode prejudicar o MRO em São Carlos numa área vital para a empresa: a competitividade. A reportagem entrou em contato com a companhia e descobriu que o impedimento para o aeroporto receber voos internacionais já prejudicou a unidade da LATAM em São Carlos. Confira a nota: “A LATAM confirma que o aeroporto foi desalfandegado pela Receita Federal e por conta disso, a empresa não poderá operar voos internacionais. Isso gera impacto sob a ótica de eficiência e competitividade do centro de manutenção da LATAM no Brasil e já houve impacto em três voos que tiveram que ser alfandegados em outros aeroportos internacionais antes de ingressarem ou saírem do Munícipio de São Carlos. A concessionária do aeroporto está conduzindo as negociações com as autoridades para um novo alfandegamento”.
A concessionária VOA emitiu a seguinte nota a respeito do assunto: “A Receita Federal notificou o Estado no dia 15 de março sobre a necessidade de atualização de cadastro do aeroporto de São Carlos, repassando o alfandegamento para a Rede VOA, que assumiu a gestão no dia 1o. De abril. A VOA abriu o cadastro junto à Receita e informou a Anac que precisava de 90 dias para regularizar toda a documentação tendo em vista que o Daesp foi extinto no dia 16 de abril e não repassou a documentação exigida. A Rede VOA está em tratativas com a Receita para solucionar a questão em curto espaço de tempo. Entretanto, o aeroporto continua internacional conforme determinação da Anac. Esperamos que até o final de julho todas as pendências estejam sanadas e reiteramos nossa transparência e ética junto à sociedade e cessionários”.