Um lar em novas terras homanageia Pedro Fukuhara

Homenagem merecida

A exposição “Um lar em novas terras” segue no Paço Municipal até o final de agosto, apresentando as experiências de migrantes radicados em São Carlos. A mostra, desenvolvida pela Divisão de Pesquisa e Divulgação da Fundação Pró-Memória, apresenta aspectos teóricos sobre o fenômeno migratório e dados sobre a região a partir da década de 1950, na cidade de São Carlos, quando a industrialização e desenvolvimento econômico da região Sudeste acelerou a migração para o Estado de São Paulo.

Segundo Leila Massarão, historiadora da Fundação Pró-Memória, a exposição nasceu da ideia de dar uma “cara” à história dos migrantes e não apenas trabalhar com dados estatísticos. “Os dados são importantes, mas era preciso mostrar quem são esses migrantes. Trabalhamos com entrevistas, montamos um grupo muito diversificado de pessoas e ouvimos suas histórias. Demos uma cara e um coração para os dados estatísticos”.

O trabalho foi desenvolvido ao longo de dois anos e teve como parceiro o fotógrafo André Ferreira. “A Fundação Pró-memória já tinha trabalhado com vários grupos étnicos: italianos, japoneses, portugueses, entre outros. Mas não tínhamos trabalhado com pessoas que vieram de outras cidades e regiões do Brasil e também fizeram de São Carlos sua cidade, trabalharam e estabeleceram uma nova vida aqui”, explicou a historiadora.

A empresária Tassia Fukuhara Camarosano, neta do fotógrafo Pedro Mitsui Fukuhara, se emociona ao falar do avô.  “Tenho muito orgulho de ver meu avô retratado aqui. Ele com certeza fez parte da vida de muitos são-carlenses. Tinha todo um cuidado em atender o cliente, da porta e até a finalização da foto. Ele contava que as pessoas iam até o estúdio de fotografia falar sobre a vida e contar histórias. É um reconhecimento importante”, afirmou.

A Exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no Paço Municipal (Espaço Paço), na rua Episcopal, 1575, no centro.