O primeiro final de semana de 2018 começa diferente para algumas pessoas no Estado. No domingo, dia 7, começa o vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As provas se estendem até a quarta-feira, dia 10. Cerca de 32 mil candidatos realizarão as provas que serão aplicadas em 55 lugares diferentes, distribuídos em Porto Alegre, Bento Gonçalves e Imbé/Tramandaí.
Neste ano, o Campus do Vale I e II e Agronomia, recebem maior número de concorrentes do que nos anos anteriores; são 5.914 candidatos. Isso acontece devido à greve dos professores de rede estadual. Algumas escolas na Capital estão em aulas de recuperação, impossibilitando que o vestibular aconteça em suas dependências.
Redução no número de inscritos
O vestibular de 2018 apresentou um número menor de inscritos. Cerca de 1 mil a menos em relação ao ano passado. Para o professor de filosofia e diretor do cursinho pré-vestibular Unificado Lajeado, Thiago Suman, o motivo da redução no número de inscritos são os programas governamentais que facilitam o processo e as condições econômicas de acesso à universidade; com bolsas e financiamentos.
“Isso descentralizou o foco da universidade federal como único recurso para uma camada social”, destacou Suman.
O professor cita também o êxodo que segue acontecendo com alunos de cursos mais concorridos, como medicina. Neste caso, os estudantes acabam migrando para outros estados por conta da ampla concorrência.
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Por que estudar na UFRGS?
Ainda assim, a UFRGS é uma das universidades mais concorridas no Brasil. Até mesmo alunos que já estudam em outras instituições buscam uma vaga na federal gaúcha. É o caso da Débora Griebeler, 21, estudante do curso de Design na Univates. Débora fará este vestibular pela primeira vez.
Para ela, o curso na UFRGS é mais completo, já que é dividido entre design visual e design de produto. A estudante ainda tem planos de morar em Porto Alegre para “ter mais oportunidades de emprego no futuro”, afirma.
Natália Olsen, 17, optou pela UFRGS por ser uma universidade pública e pelo destaque que a instituição tem em notas do MEC. Ela terminou o ensino médio no ano passado e prestará vestibular para odontologia.
Como se preparar para o vestibular?
O nervosismo pré-vestibular é algo que nem sempre pode ser evitado. Em 2003, a Universidade Federal de Santa Catarina realizou um estudo onde entrevistou cerca de 400 vestibulandos. O resultado não foi uma grande surpresa: mais da metade deles sente, nos meses anteriores à prova, dificuldade frequente de concentração. Pelo menos um terço reporta também inquietação, dores de cabeça e musculares.
Débora e Natália estudam com vídeos no YouTube. A estudante de design diz que quando consegue estudar fico nervosa. “Muitas vezes acabo esquecendo todos os conteúdos que estudei”, ressalta Débora.
Para Natália, que já fez as provas do vestibular no ano passado, diz que se sente mais segura agora. “Fazer ano passado certamente me ajudou pelo fato de eu já me habituar com a prova, saber como funciona, para não chegar e ter alguma surpresa. Com certeza cria uma maior confiança”, destacou a estudante.
Ambas as candidatas entrevistas apontaram as disciplinas de exatas como as que acreditam que serão as mais difíceis. Física e matemática parecem ser as vilãs do vestibular.
Dicas para manter a calma
Algumas dicas soam como clichês, mas podem ajudar verdadeiramente.
É importante manter o sono em dia e uma alimentação correta e leve. Controlar a ansiedade é necessário, o professor Thiago diz também que revisitar o conteúdo na véspera da prova não ajuda; esse é o momento de tentar relaxar.
“Não corrija a prova! Se quiser fazer isso, faça somente depois do último dia. Porque muitas vezes o aluno se desmotiva, sem levar em consideração que a média harmônica por vezes te salva, mesmo que você vá mal em um conteúdo” conclui o professor.
Confira como fica o trânsito na Capital durante o vestibular, aqui.









