Quem é mãe, pai, tio, tia, avô, avó, irmão, irmã ou mesmo quem não tem um parentesco próximo com uma criança em idade escolar está chocado com os ataques às escolas que vimos no Brasil recentemente. Primeiro, aquele em Suzano (oito mortes e um ataque horripilante no ano de 2019), há poucos dias uma professora morta com golpes de faca em SP e hoje crianças pequenas assassinadas numa creche por um criminoso bárbaro que nem merece ser chamado de humano.
A sociedade está doente, cultua a violência, a destruição, a morte. Esquecemos que educar é o único caminho. Os professores são marginalizados, perseguidos, ganham mal, não tem o devido reconhecimento da sociedade, os governos cortam disciplinas que ensinam humanidades para as pessoas como é o caso do Novo Ensino Médio que deve ser revogado sumariamente, pois não podemos construir uma sociedade robotizada, precisamos de reflexão e espírito crítico para não deixarmos a violência vencer.
Estamos aqui em São Carlos, interior de SP, e temos muito medo. Sempre queremos saber como é a segurança nas escolas municipais, estaduais e também nas particulares. Acredito que seja esse o momento grave e importante para colocarmos essa discussão na berlinda. No caso do ataque de Blumenau, o bandido teria pulado um muro, algo inesperado e surreal.
Mas precisamos saber o que ocorre por aqui. Já noticiei neste São Carlos em Rede ameaças à escolas, e, felizmente, elas não foram concretizadas e depois soube que este tipo de assunto sempre está aparecendo de maneira reiterada, ou seja, tem gente que gosta de disseminar o pânico entre as pessoas. Sendo assim, é o momento de vermos como trabalharemos para podermos dar tranquilidade para quem está na escola atuando com as crianças, bem como para os pais que tem outros afazeres durante o período de estudo dos seus filhos.
Entretanto, com essa onda de violência contra escolas que estamos vendo fica a pergunta: não é hora de sabermos como está a segurança de nossas unidades escolares? Ou dos governos se mexerem para melhorar isso?
Infelizmente, quem é pai como eu, tem que admitir que hoje tem medo. Um medo que antes não existia e que se acentuou nos últimos anos. A violência não espera, ela acontece porque é incentivada por parte da sociedade que a consome e gosta daquilo que vê. O momento é preocupante e todos temos medo. Quem não tem é porque não toma conta de crianças em idade escolar.
Renato Chimirri