Do Jornal Primeira Página, Fabio Taconelli
Os vereadores Gustavo Pozzi (PR), Cidinha do Oncológico (SD), Roselei Françoso (Rede), Sérgio Rocha e Malabim (PTB) e Edson Ferreira (PRB) assinaram e indicaram o quinto componente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga o período de intervenção no transporte público. Alguns fatores motivaram a adesão do grupo. Um deles foi o registro de um Boletim de Ocorrência em que o secretário de Fazenda, Mário Antunes, denúncia um desequilíbrio contábil da ordem de R$ 56,6 mil.
Os vereadores também se justificaram sobre a não assinatura e indicação de membro a CPI na última terça-feira, 10, durante a sessão da Câmara. Eles disseram que a Prefeitura protocolou o documento na segunda-feira, 9, mas as informações foram distribuídas apenas na quarta-feira, 11, pela manhã. “Neste resumo existe um Boletim de Ocorrência do secretário Mário Antunes [Fazenda] denunciando a falta de R$ 56,6 mil no balanço contábil. Em princípio, analisamos a questão como um movimento político. Agora, há indícios de irregularidades”, afirmou o vereador Gustavo Pozzi (PR).
Pão
O vereador Roselei Françoso (Rede) foi o indicado do grupo político a integrar a CPI. “Os documentos entregues pela Prefeitura nos obrigam a fazer uma investigação. Na Câmara, sempre apoiei CPIs, assim como os vereadores Cidinha e Sérgio Rocha. E as informações transmitidas pela Prefeitura somos obrigados a assinar. Existem registros contábeis colocados de forma desrespeitosa com o dinheiro. Colocaram informações importantes em ‘papel de pão’. Alguns remanejamentos financeiros foram tratados com brincadeira”, comentou Roselei.
“Analisaremos os documentos, ouviremos testemunhas e garantiremos o direito ao contraditório e à ampla defesa dos envolvidos”, complementou o parlamentar.
Edson Ferreira (PRB) salientou que não participa de grupos políticos na Câmara e que dará apoio à CPI. Ele reforçou que esperava o balanço contábil da Prefeitura para analisar e assinar a Comissão, proposta pelo vereador Dimitri Sean (PDT). Ele também reclamou que o documento, apesar de ter sido protocolado na segunda-feira, chegou às mãos apenas na quarta. “Se tivesse o conhecimento da situação relatada pelo secretário Mário Antunes antes da sessão, não pensaria duas vezes na assinatura da CPI. Infelizmente, falharam na distribuição dos documentos aos vereadores”, comentou.